Sentar na frente do computador, celular ou até em uma sala pequena, olhando para pessoas que compartilham as mesmas dores: vício em apostas. Nos últimos anos, esse cenário ficou ainda mais comum. E quando a gente fala sobre sair desse ciclo, surgem duas perguntas: procurar um psicólogo pela internet ou buscar a força dos grupos? Cada caminho carrega suas próprias histórias e resultados.
O crescimento do vício em apostas entre os jovens
A busca por terapia para abandonar apostas online explodiu entre pessoas de 20 a 35 anos, muito expostas às propagandas de apostas esportivas e cassinos virtuais. O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo recebe cerca de 150 novos casos por ano. Esse dado explica por que tantos se sentem perdidos e procuram caminhos de recuperação – seja pela tela do celular ou no contato direto com outras pessoas.
Além dos jovens, há relatos até de idosos que se envolvem com apostas e acabam gastando milhares de reais por mês. O jogo estimula tanto o cérebro que chega a ser comparado à dependência química, tornando as recaídas frequentes e a busca por ajuda, urgente (veja o destaque em reportagem recente).
Como a terapia online funciona na prática?
A terapia online se consolidou como opção rápida, segura e privada para tratar vício em apostas. Psicológos especializados usam videochamadas, mensagens e áudios para aplicar estratégias da psicologia comportamental.
- Privacidade: o atendimento é privado, feito de casa, sem medo de ser julgado no bairro.
- Flexibilidade: horários ajustáveis, não importa se o dia foi longo ou se a recaída aconteceu à noite.
- Profundidade: o foco é na história, emoções e comportamentos de cada um.
- Eficácia científica: psicólogos usam métodos validados por estudos sobre dependência. Estratégias como o controle de impulsos e identificação de gatilhos são comuns (entenda mais sobre métodos aplicados).
Muitos relatam um certo desconforto nas primeiras sessões. “Parecia estranho falar tudo para alguém só por vídeo, mas, depois, ficou natural”, diz João*, 29 anos, cliente de terapia online.
É mais fácil se abrir sem olhar nos olhos.
Por outro lado, há quem sinta falta de calor humano. Alguns se queixam de não conseguir criar laço forte com o terapeuta ou abrir o coração em frente à tela. Pequenas questões técnicas podem frustrar, como atrasos ou falhas na internet.
Os grupos de apoio: força coletiva e identificação
Grupos de apoio reúnem pessoas com histórias parecidas e a promessa de “ninguém solta a mão de ninguém”. Esses grupos podem ser presenciais ou 100% virtuais – compartilhando vivências, estratégias e anfitriões para mediar as conversas.
- Sensação de pertencimento: estar com quem entende ajuda a aliviar a culpa do vício.
- Troca real de experiências: falhas, recaídas e pequenas vitórias são contadas sem vergonha.
- Apoio imediato: uma mensagem no grupo a qualquer hora pode evitar uma recaída.
- Alguns grupos são gratuitos: importante para quem sofre impacto financeiro pelas dívidas do jogo.
Caso de Lucas*, que alternou entre sessões individuais e grupos: “No grupo, percebi que minhas dores eram as mesmas dos outros. Senti coragem de tentar um novo começo.”
Você não está sozinho.
Mas nem tudo sai como o esperado. Algumas pessoas se sentem expostas ao falar de assuntos tão íntimos, mesmo em grupos anônimos. O ritmo dos encontros pode ser irregular. O suporte, às vezes, depende demais da boa vontade dos participantes.
Diferenças em custos, acessibilidade e disponibilidade
A escolha entre terapia online e grupos de apoio passa, muitas vezes, pelo bolso.
- Terapia online particular: costuma ser paga, embora existam iniciativas mais acessíveis e projetos sociais. O valor médio pode variar bastante, dependendo da frequência e especialização do psicólogo.
- Grupos de apoio: muitos são gratuitos, mantidos por voluntários ou projetos como o Aposta Zero, que incentiva o suporte coletivo e seguro.
No quesito acessibilidade, terapia online leva vantagem: basta um celular e conexão para se consultar de qualquer lugar. Já grupos presenciais exigem deslocamento e agenda mais rígida, o que pode ser um entrave para quem tem rotina pesada.
Por fim, tem o critério do tempo. Nem todo mundo aguenta sessões longas de terapia, nem está disponível nos horários dos grupos. Ambos precisam de dedicação, mas cada formato exige um jeito diferente de se comprometer.
Quem se beneficia mais de cada abordagem?
Não existe uma fórmula. Mas alguns perfis tendem a tirar mais proveito de cada modalidade:
- Quem tem vergonha ou muitas questões emocionais não resolvidas costuma avançar mais com terapia online, onde o vínculo com um profissional estimula a compreensão profunda do problema.
- Quem sente tristeza por solidão, ou pensa que ninguém entende sua dor pode encontrar força nos grupos, que quebram o sentimento de isolamento próprio do vício em apostas (entenda a gravidade do isolamento entre jovens apostadores).
- Pessoas com restrição financeira quase sempre buscam grupos gratuitos primeiro, depois avaliam terapia individual.
- Quem fica na correria ou viaja muito pode escolher terapia online por encaixar melhor na agenda.
O melhor, mesmo, costuma ser combinar os dois. Muita gente faz terapia online, participa de grupos e ainda consome conteúdos como os do Aposta Zero – que oferece informações práticas, espaço anônimo para troca e desafios para resgatar a rotina longe das apostas.
Depoimentos anônimos: histórias reais marcam
Nem todo mundo gosta, mas todos falam: compartilhar experiências é libertador. Veja relatos de quem já passou pelos dois formatos:
No grupo, chorei sem medo. Na terapia, organizei minha cabeça.
A primeira semana foi de vergonha. Mas, depois que alguém falou do medo de falhar, senti confiança.
Receber mensagens de apoio quando estava prestes a voltar a apostar salvou meu mês.
Mesmo quem não encontrou solução definitiva num só formato confessa que, se isolado, dificilmente teria vencido a compulsão.
Combinar é possível e recomendado
Pouca coisa, de fato, se resolve só com um caminho. Pesquisadores mostram que terapia cognitivo-comportamental aliada ao apoio contínuo funciona melhor do que qualquer solução isolada.
O segredo, segundo os especialistas e os relatos dos próprios apostadores, é não tentar carregar tudo sozinho. O Aposta Zero, por exemplo, oferece reuniões anônimas e conteúdos educativos aliados a check-ins diários para quem precisa de estrutura e acompanhamento constante.
Conclusão: como escolher o melhor para você?
No fim das contas, não existe escolha perfeita, só aquela que se adapta melhor ao seu momento e ao seu bolso. Se puder, experimente: faça uma sessão de terapia online, compareça a uma roda de grupo, consuma conteúdos de referência como os do Aposta Zero. Dê uma chance à combinação – muitos encontram mais força nesse caminho do que em qualquer tentativa solitária ou isolada.
Seu primeiro passo já é uma vitória. Você não precisa decidir tudo agora.
Se quer entender melhor, dar o próximo passo ou encontrar um grupo que te ajude a sair das apostas, conheça o Aposta Zero e seus canais de acolhimento. Sua história de recuperação pode começar hoje, com um clique ou uma mensagem. Permita-se recomeçar.
Perguntas frequentes
O que é a terapia online?
A terapia online é uma modalidade de atendimento psicológico realizada por videochamadas, mensagens ou áudios, com profissionais credenciados. Ela segue os mesmos métodos da terapia presencial, mas é feita pela internet, garantindo privacidade e praticidade.
Como funcionam os grupos de apoio?
Grupos de apoio são reuniões (presenciais ou virtuais) onde pessoas com histórias semelhantes compartilham vivências sobre o vício em apostas. Nestes encontros, todos podem trocar experiências, desabafar, celebrar avanços e apoiar quem está em crise, geralmente de forma anônima e aberta.
Terapia online vale a pena?
Para muitas pessoas, sim. Terapia online combina flexibilidade de horários, conforto de casa e privacidade. Os resultados dependem do comprometimento e do vínculo com o profissional. Muitas pesquisas apontam benefícios iguais ou até maiores quando o paciente se identifica com o formato.
Grupos de apoio são gratuitos?
Grande parte dos grupos de apoio funciona sem custo, organizada por voluntários, instituições e projetos como o Aposta Zero. Alguns grupos podem cobrar pequenas taxas para manutenção, mas o acesso inicial costuma ser gratuito e facilitado.
Onde encontrar bons grupos de apoio?
Você pode procurar projetos como o Aposta Zero, que oferece espaços anônimos, desafios e acompanhamento coletivo seguro para quem quer ficar longe das apostas online. Pesquise por opções em redes sociais, ONGs e associações especializadas na recuperação de vícios comportamentais.
